O que é cognição?

O que é cognição?

Durante o crescimento, uma criança aprende várias habilidades e as incorpora ao lidar com o mundo. Seja para falar, andar, escrever, ler, memorizar algo, responder a uma pergunta, entre outros exemplos.

Muitas áreas profissionais e de pesquisa trabalham sobre a cognição. Você sabe o que ela é exatamente e por que ela impacta o desenvolvimento infantil? Confira mais detalhes a seguir!

O que é cognição?

Originária do idioma latim, a palavra cognição significa “conhecer”. Esse termo se refere à habilidade de processar informações distintas utilizando os estímulos recebidos de diferentes sentidos (visão, audição, tato, paladar e olfato), além de processos psíquicos relacionados à memória (de curto e longo prazo), aprendizagem, compreensão, linguagem, raciocínio, entre outros exemplos.

Vale lembrar que todos esses processos devem funcionar de forma integrada, gerando interpretações sobre tudo o que ocorre ao nosso redor. Mesmo podendo se repetir em diferentes indivíduos, eles vão formar experiências únicas para cada um deles, já que a percepção participa do processo cognitivo. 

Assim, a cognição analisa informações e as interpreta, processa e converte em conhecimento. É a partir dela que os humanos conseguem desenvolver habilidades emocionais e intelectuais. Dessa maneira, o desenvolvimento cognitivo de cada pessoa afeta diretamente o modo como ela aprende, compreende e elabora as informações ao seu redor.

Cognição e desenvolvimento infantil 

Um exemplo de área em que a cognição é muito presente é a psicologia, além de haver linhas terapêuticas dedicadas ao tema. Um exemplo disso é a terapia cognitivo-comportamental, conhecida como TCC, que busca identificar pensamentos, crenças e hábitos distorcidos que influenciam negativamente as emoções e os comportamentos das pessoas.

A psicologia trata da cognição ao analisar e descrever o desenvolvimento infantil. Durante o crescimento, a criança passa a adquirir outras ferramentas para se comunicar com seus familiares e cuidadores. Se, ao nascer, elas fazem isso basicamente através do choro, com o passar do tempo e o contato com outras pessoas elas vão aprendendo a fazer isso também pelo discurso da oralidade.

O desenvolvimento cognitivo infantil é caracterizado pela evolução da criança no processamento das informações no cérebro. À medida que cresce, ela vai se tornando mais capaz de adquirir, fixar e utilizar conhecimentos nas situações do seu dia a dia. 

Um dos teóricos mais conhecidos na área do desenvolvimento infantil é o biólogo Jean Piaget, que dividiu o desenvolvimento infantil em algumas fases: sensório-motor (que compreende os dois primeiros anos de vida em que o bebê percebe o mundo através dos sentidos e da ação), pré-operatório (entre 3 e 6 anos, em que a criança aprende a se comunicar pela linguagem e a desejar tudo para si), operatório-concreto (dos 7 aos 11 anos, em que eles começam a associar acontecimentos e a questioná-los) e operatório formal (a partir dos 12 anos, em que a pessoa desenvolve pensamento lógico-dedutivo, capacidade de abstração, elaboração de hipóteses, entre outros exemplos).

O desenvolvimento cognitivo infantil não é algo dado, mas é um processo a ser estimulado a partir de brincadeiras e atividades ao ar livre e em contato com outras crianças, exercícios de concentração e memória, aprendizado e desenvolvimento de raciocínio rápido (tais como brincadeiras de perguntas rápidas e adivinhações). 

Nesse processo, é essencial manter o foco nas atividades e oferecer suporte a elas para que não tenham medo de se envolver nas atividades, interagir com outras pessoas, errar e aprender.

Estimular a criança a ler também é fundamental para ampliar o desenvolvimento da linguagem dela e estimular a imaginação — ao final do livro, é bom perguntar à criança o que ela achou do conteúdo, que partes gostou ou não, e se ficou com dúvidas, se daria um novo final para a história.

Nesse caso, vale apostar em livros físicos e também aqueles presentes em dispositivos móveis. A tecnologia pode ser uma aliada dos cuidadores, desde que o uso não seja exaustivo e acompanhado pelo adulto.

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